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quarta-feira, abril 24, 2024

Educar para o Mundo promove oficinas junto aos migrantes na Praça Kantuta

O Educar Para o Mundo (EpM), coletivo de extensão universitária do Instituto de Relações Internacionais da USP, tem um trabalho de grande importância em educação popular em Direitos Humanos, junto à população migrante de São Paulo. Além de quebrar o estereótipo de que um curso como esse se restringe à área diplomática, o coletivo ainda mostra que o mundo começa bem pertinho de cada um, bastando virar a esquina.

Um dos instrumentos usados pelo coletivo para esse fim são oficinas temáticas junto à população migrante, nas quais trazem informação e levam o migrante a debater sobre sua condição e seus direitos. É com esse objetivo que o EpM vai promover uma série de três oficinas temáticas na Praça Kantuta, ponto tradicional da comunidade latina de São Paulo, com o apoio do Proyecto Sí, Yo Puedo.

“As oficinas serão promovidas durante o curso de português, buscando trabalhar a discussão com os alunos. Serão, ao todo, três oficinas e uma intervenção artística (muralismo), que propõe manifestarmos (pessoas do coletivo e do projeto) nossa cultura e impressões sobre o mundo numa local a definir”, explica Andressa Lisauskas, uma das integrantes do EpM.

Fazendo jus ao nome, o EpM educa tanto os migrantes para o novo mundo no qual estão como também dá uma nova visão de mundo aos seus participantes. Crédito: EpM
Fazendo jus ao nome, o EpM educa tanto os migrantes para o novo mundo no qual estão como também dá uma nova visão de mundo aos seus participantes.
Crédito: EpM

A primeira etapa terá Legislação como tema: será debatido o Estatuto do Estrangeiro e como a atual legislação interfere na vida de quem é migrante, apresentando ainda o Anteprojeto de Lei de Migrações.

“É exatamente através do diálogo com esses grupos que buscamos construir um novo conhecimento, distinto do mero academicismo, proveniente de nossa carga universitária; um conhecimento diverso e rico porque pautado em experiências humanas – e migrantes”, completa Andressa.

Outras duas oficinas serão promovidas nos dias 19 de outubro e 30 de novembro, com os temas a seguir:

-19/10: Participação Política: serão abordados não apenas as dificuldades que os imigrantes atualmente enfrentam nesse quesito, mas também os mecanismos já existentes de participação (Conselhos Participativos);

-30/11: Opressões: Xenofobia, racismo, machismo, homofobia, entre outros, enfrentados pelos imigrantes.

A princípio, as oficinas são destinadas especialmente aos integrantes do Proyecto Si, Yo Puedo. No entanto, o interesse da comunidade migrante pode levar à organização de novos eventos e com alcance mais amplo. “Esperamos que as Oficinas despertem o interesse dos alunos e lhes tragam um novo conhecimento, o qual os próprios estudantes (todos nós) teremos ajudado a construir. Caso a comunidade da Kantuta também demonstre tal interesse, o Educar para o Mundo terá todo o prazer de realizar novas Oficinas, desta vez não restritas aos alunos do Proyecto Sí, Yo Puedo”, afirma Andressa.

Outros trabalhos do EpM

O coletivo é presença constante em eventos e debates ligados à questão migratória. Dentre os mais recentes estão a Marcha dos Imigrantes, o desenvolvimento de projetos conjuntos com a Coordenação de Políticas para Migrantes da Prefeitura de São Paulo, a redação do documento-base para a 1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes e promoção de um sarau no abrigo provisório montado para imigrantes recém-chegados na Rua do Glicério.

O EpM também esteve presente na Conferência Nacional de Migração e Refúgio (COMIGRAR ), ocorrida entre maio e junho deste ano, no qual ficou responsável por uma oficina que incitou a discussão sobre políticas públicas voltadas aos imigrantes entre autoridades do ramo político.

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