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quinta-feira, março 28, 2024

Haitianos já contam com pelo menos seis associações em SC

A presença de haitianos no Brasil pode ser notada em diversos Estados, de Norte a Sul. E à medida que se estabelecem, os novos migrantes também pouco a pouco passam a se organizar e lutar pelos próprios direitos.

Um exemplo é o que acontece em Santa Catarina, onde estimativas extraoficiais apontam viver cerca de 5.000 haitianos, empregados especialmente na agroindústria e construção civil. Em todo o Estado são pelo menos seis associações de haitianos – Chapecó, Balneário Camboriú, Itapema, Brusque, Navegantes e Florianópolis.

Unidade da Aurora em Chapecó (SC); empresa emprega muitos imigrantes, entre eles haitianos. Crédito: Rodrigo Borges Delfim
Unidade da Aurora em Chapecó (SC); empresa emprega muitos imigrantes, entre eles haitianos.
Crédito: Rodrigo Borges Delfim

Uma dessas entidades é a Associação dos Haitianos de Chapecó, criada em meados de 2014 e que já chegou a mobilizar cerca de 400 pessoas em um evento em praça pública na cidade. Estima-se que em torno de 2.000 haitianos morem na cidade, a maior do oeste catarinense e com forte tradição agroindustrial. Parte deles vive no bairro Efapi, onde a presença é facilmente notada e pode-se avistar com a facilidade uma unidade da Aurora, empresa que conta com dezenas de haitianos em seu quadro de funcionários.

O MigraMundo acompanhou uma das reuniões da associação, que acontecem na sala da casa de Jean Innocent Monfiston, o atual presidente. Além dele, outros três haitianos se dividem na diretoria com as funções de tesoureiro, vice-presidente e secretário. Nessas reuniões, a diretoria e os demais participantes debatem sobre como reivindicar melhores condições de trabalho, tratam de eventuais pendências envolvendo os membros, combinam novos eventos, entre outros assuntos.

Haitianos de Chapecó se reúnem na casa do presidente da associação. Crédito: Rodrigo Borges Delfim
Haitianos de Chapecó se reúnem na casa do presidente da associação.
Crédito: Rodrigo Borges Delfim

“Com a associação, passam a olhar e tratar a gente de outra maneira”, explica Monfiston sobre a importância da organização. E a ideia é expandir e se conectar com outras associações existentes ou que venham a ser criadas, com o intuito de formar uma federação que reúna essas associações locais. “Quero o bem dos haitianos aqui, uma Federação em Santa Catarina”, completa.

A Associação de Chapecó já promove atividades culturais e pretende fazer outras ao longo deste ano. E uma delas será a Festa da Bandeira do Haiti, que será celebrada nos dias 16 e 17 de maio, a exemplo de outras comunidades de haitianos espalhadas pelo Brasil.

Com colaboração de Luís Felipe Aires Magalhães

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