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sexta-feira, março 29, 2024

Livro sobre refúgio busca suprir carência e servir de introdução ao tema

Obra escrita pelo professor Gilberto Rodrigues, lançada pela Editora Moderna, tem público escolar como foco principal

Por Rodrigo Veronezi
Em São Paulo

Servir como introdução à temática dos refugiados para leigos, abrindo caminhos para reflexões sobre a questão do refúgio e das migrações forçadas mundo afora. Esse é o objetivo de “Refugiados: O grande desafio humanitário”, do professor Gilberto Rodrigues, lançada recentemente pela Editora Moderna.

Com 80 páginas, a obra tem como público leitor preferencial os alunos de Ensino Fundamental II e Médio, para aulas de Geografia e História. A editora que comercializa o livro tem tradição em publicações didáticas e paradidáticas, com grande presença em escolas públicas e provadas brasileiras.

No entanto, para Rodrigues – que é professor de Relações Internacionais da UFABC (Universidade Federal do ABC) e membro da Cátedra Sérgio Vieira de Mello na instituição –cujo objetivo é fomentar a pesquisa e atuação em favor da questão do refúgio–, o uso do livro vai além do público em idade escolar.

“Como livro introdutório ao tema, ele pode ser lido com proveito por todos os interessados em conhecer melhor o assunto.”

Barracas do ACNUR em abrigo para venezuelanos em Boa Vista (RR).
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao publicar um livro com caráter introdutório, Rodrigues pensa ainda em suprir uma lacuna existente na produção de conhecimento sobre a questão do refúgio.

“O Brasil dispõe hoje de uma razoável produção acadêmica no campo [sobre refugiados]. Mas há uma grande carência da “tradução” dessas pesquisas de teses e dissertações para o ensino básico e o público mais amplo”, aponta o autor.

De acordo com o relatório Refúgio em Números, divulgado pelo Conare (Comitê Nacional para Refugiados) em 2018, o Brasil já reconheceu cerca de 10 mil pessoas como refugiadas desde 1997 – quando entrou em vigor a legislação atual sobre refúgio. Destas, segundo o levantamento, 5.000 delas permanecem com esse status ativo.

Ao mesmo tempo, pelo menos 96 mil pedidos de refúgio aguardam avaliação do Conare – a maioria deles (77%) foi feita por venezuelanos.

Nesta semana o ACNUR pediu à comunidade internacional que reconheça como refugiados os venezuelanos que fogem da crise humanitária que afeta o país.

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