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sexta-feira, abril 19, 2024

O passaporte e o poder de mobilidade global que cada um representa

O passaporte abre portas que levam a outros países. E alguns abrem bem mais do que outros, a depender dos acordos internacionais firmados por cada Estado

Por Danyel Andre Margarido
Publicado originalmente no LinkedIn

Quando falamos de Mobilidade Global/Global Mobility, é comum focar na palavra “Global” – e se esquecer da palavra “Mobilidade”.

Mobilidade nada mais é do que a qualidade daquilo que se move, do que se consegue movimentar. E é qualidade que dá o nome à Global Mobility, pela qualidade de se mover de um país a outro.

Em termos práticos trata-se de quão fluido é para você transitar de um país a outro – em outras palavras, trata-se da possibilidade de sair facilmente do seu home country e mover-se até o seu novo país, o host country.

A primeira pergunta que pode ser feita em qualquer processo de Global Mobility, junto com o aceite da proposta, é se seu passaporte lhe dá certo poder de mobilidade.

A movimentação de pessoas entre países, seja feita por uma multinacional, ou seja você mesmo ir conquistar novos horizontes, engloba vários fatores, como grupo familiar, conhecimentos, competências, valores, benefícios… Bem como o fator é mais associado à Mobilidade Global, a Imigração.

Já comentei no LinkedIn sobre a importância da Imigração para os processos de mobilidade global — sejam eles dentro das empresas ou fora, em sua movimentação pessoal: o #morarfora.

O passaporte

Ter um processo migratório seguro e bem feito é mais do que importante em processos de mobilidade. E, quando se pensa em morar fora, o primeiro documento que precisamos ter em nossas mãos (ou pelo menos em passos finais de emissão) é o Passaporte.

O “Passaporte é um documento de identidade emitido por um governo nacional que atesta formalmente o portador como nacional de um Estado em particular e requisita permissão em nome do soberano ou do governo emissor para o detentor poder cruzar a fronteira de um país estrangeiro.”.

Em outras palavras, o passaporte te possibilita a abrir portas — que levam a outros países.

Essas portas podem ser abertas pelo passaporte em conjunto com os famosos vistos – que são autorizações específicas de estadia. Entretanto, existem acordos, liberações, tratados, e etc., que podem facilitar a movimentação de pessoas, fazendo com que vistos não sejam necessários para a entrada no país.

A primeira pergunta que deve ser feita em qualquer processo de Global Mobility, no início, junto com o aceite da proposta, é se seu passaporte lhe dá poder de mobilidade. Ou seja, se com seu passaporte, você consegue facilmente entrar no país que deseja trabalhar.

‘Ranking de passaportes’

Como fazer isso? Um índice foi criado justamente para poder tornar visível a facilidade de entrada de pessoas em países diferentes, baseados em suas nacionalidades. Esse índice é Henley Passport Index, o qual faz, trimestralmente, um ranking dos passaportes mais poderosos.

Por “poderosos”, entende-se os passaportes que mais possibilitam a entrada de pessoas em outros países, sem a necessidade da emissão de um visto. Essa informação, no entanto, é muito superficial, pois acordos entre países são feitos diariamente, guerras e pandemias podem fazer as fronteiras ficarem mais fortes ou mais fracas…

Além disso, “sem visto” pode significar várias coisas. Como, em casos mais famosos, por exemplo:

  • Acordos de Livre Circulação de Pessoas: como o Acordo de Schengen, que possibilita a estadia temporária nos países signatários do acordo;
  • Participação de Zona de Livre Comércio: como o Mercosul, onde nacionais dos países-membros podem circular entre todos os Estados signatário do Mercosul.

Entretanto, por mais que a entrada seja liberada, como nos exemplos acima, a estadia (que não seja para Turismo ou Negócios) ainda precisa ser discutida, uma vez que documentos locais, autorizações de estada ou mesmo vistos podem ser necessários, após a entrada.

Como ferramenta inicial, para verificação das facilidades de entrada, esse índice é uma ferramenta que já lhe possibilita, por exemplo, saber se é possível visitar o país antes que seu visto de trabalho, esteja pronto.

Líderes do ranking e o Brasil

O Henley Passport Index faz um ranking trimestral dos passaportes mais poderosos, como falado acima. O Top 4 de Julho de 2020 é formado por Japão, em primeiro lugar; seguido por Singapura; o terceiro posto é dividido por Coreia do Sul e Alemanha; e em quarto, Itália e Finlândia.

Com a possibilidade de entrar em 191 países sem a necessidade de um visto, o Japão mantém o primeiro lugar, como o Passaporte mais poderoso do mundo por três anos consecutivos, desde 2018. Os acordos entre o Japão e outros países garantem que seus nacionais tenham esse poder de mobilidade, Isso, é claro, enquanto os acordos estão válidos.

Segundo a edição atual, o passaporte brasileiro permite entrar em 170 países diferentes sem visto até Julho 2020, o que deixa o país na 19ª posição.

Justamente pelo Brasil — assim como tantos outros países que estão em posição parecida ou mais baixa — ter um histórico de grandes flutuações em tratados e relações entre Estados, manter-se atualizado quanto aos tratados e acordos contribui grandemente para o seu poder de mobilidade, para as possibilidades de poder mover-se, e visitar países diferentes.

Quando fala-se em carreira internacional, conhecer o seu poder de mobilidade pode lhe auxiliar em todo o processo de Mobilidade Global, na necessidade de uma entrevista presencial. Ou mesmo, após o aceite, na escolha de sua nova casa.

Por isso, mantenha-se sempre atualizado nas mais recentes informações migratórias, contate os consultores de imigração da sua confiança tenha maior conhecimento do seu poder de mobilidade.

FUN FACT: Sabe o porquê dos passaportes terem cores diferentes? Achei essa matéria aqui, que é bem legal, e conta um pouco das cores de cada passaporte!

Sobre o autor

Danyel Andre Margarido possui mais de dez anos de experiência em Mobilidade Global e Expatriados, atuando como consultor de Global Mobility na EMDOC, e fundador da Altiore Experience; já realizou a movimentação de mais de 2000 famílias pelo mundo. É formado em Relações Internacionais pela UniFMU, com especialização em Direito Internacional pela Escola Paulista de Direito, MBA em Recursos Humanos, pela Anhembi Morumbi, e um mestrado profissional em Recursos Humanos Internacionais, pela Rome Business School.


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