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quinta-feira, março 28, 2024

Tráfico humano: hora de unir forças e combater esse crime contra a humanidade

Seres humanos tratados como mercadoria. Sim, a escravidão, tema tão presente e vergonhoso ao longo da história, ainda continua à solta – agora sob seu nome moderno, o tráfico humano. Exemplos não faltam, seja na zona rural ou em cidades de todos os portes Ou você já se esqueceu dos dois jovens bolivianos recentemente colocados à venda em plena luz do dia em São Paulo?

Crédito: CNJ
Crédito: CNJ

Silenciar sobre o tráfico humano, um verdadeiro crime contra a humanidade que movimenta cerca de US$ 32 bilhões por ano (dados da ONU), é a mesma coisa que defendê-lo. Pensando justamente nesse urgente exame de consciência e necessário posicionamento contra essa realidade vergonhosa que todos precisam ficar atentos à Campanha da Fraternidade deste ano, que tem o combate ao tráfico humano como tema. O lançamento oficial foi feito nesta Quarta-Feira de Cinzas (5) pela CNBB (Congregação Nacional dos Bispos do Brasil), com o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.

Claro, há quem possa torcer o nariz pelo fato de a CF ser puxada pela Igreja Católica. Mas como bem pondera Leonardo Sakamoto em seu blog (ele próprio um forte crítico da instituição), “independente de concordar ou não com as políticas e posições da Igreja Católica, o fato é que uma campanha com essa temática merece o nosso apoio”.

O artigo que escreveu sobre a CF, ao lado de Xavier Plassat, é um belo símbolo dessa união mais do que necessária de entidades laicas e religiosas contra o tráfico humano. O primeiro é fundador e coordenador da Repórter Brasil, ONG com um longo e importante histórico na luta contra o trabalho escravo no país; já o segundo é frei dominicano e coordenador da campanha pela erradicação do trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (ligada à CNBB).

Poster oficial da CF 2014.  Crédito: Reprodução
Poster oficial da CF 2014.
Crédito: Reprodução

Intitulado Campanha da Fraternidade: onde está seu irmão?, o texto mescla elementos bíblicos, mobilizações anteriores e dados atuais sobre a transformação do ser humano em mercadoria. E ao final, lança uma pergunta que precisa martelar na mente de todo e qualquer cidadão, independente da crença: “E, você, que veste as roupas produzidas por tantos Josés, come o fruto de seu trabalho e mora em residências erguidas por suas mãos, saberia responder onde, neste momento, está teu irmão e tua irmã?”

Mais material de apoio

Ainda aproveitando o debate sobre o tema, está disponível no site do Ministério da Justiça a íntegra da Matriz Nacional de Formação para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O documento técnico serve de referência para a realização articulada, integrada e contínua das ações e cursos de capacitação e formação para o enfrentamento ao crime. O material pode auxiliar em cursos e debates sobre o tema.

Crédito: Ministério da Justiça
Crédito: Ministério da Justiça

 

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