Protagonizado por imigrantes, o evento ocorrerá de 7 a 10 de julho de 2016, em São Paulo
Por Géssica Brandino
Imigrantes de diversas nacionalidades participaram na última quinta-feira (10/12) em São Paulo do evento de apresentação do VII Fórum Social Mundial de Migrações, que será realizado na capital paulista de 07 a 10 de julho de 2016.
Durante o evento, que aconteceu na Biblioteca Hans Christian Andersen, no bairro do Tatuapé, foram instaladas as comissões que trabalharão na organização do evento e o calendário das próximas atividades.
“O que esperamos a partir de agora é a construção de um processo que nos leve a mobilizar a sociedade paulistana e os migrantes de todo o mundo para construir esse Fórum mundial na cidade de São Paulo, onde teremos a oportunidade de intercambiar experiências do Brasil com outros países”, afirma Paulo Illes, coordenador de políticas para imigrantes da Prefeitura de São Paulo e integrante do comitê organizador do Fórum.
As comissões trabalharão a partir de janeiro na definição da programação, documentação, parte cultural e entretenimento do evento, além do trabalho de divulgação na mídia e redes sociais e mobilização para garantir a participação dos imigrantes e brasileiros no evento (Confira abaixo o calendário de trabalho das comissões).
Eixos temáticos
Com o lema “Migrantes: construindo alternativas frente à desordem e à crise global do capital”, os eixos temáticos sugeridos para o Fórum são: a crise do sistema capitalista e as consequências para as migrações; resistências e alternativas desde os sujeitos migrantes; direitos humanos, moradia, trabalho decente, participação política e movimentos sociais; e migração e os direitos da natureza, clima e disputas entre norte e sul global.
A proposta foi construída pelo Comitê Internacional do Fórum, que tem representação brasileira do Grito dos Excluídos Continental, Articulação Sul-americana Espaço Sem Fronteiras, Serviço Pastoral dos Migrantes e a Associação Internacional Scalabriniana de Serviço aos Migrantes.
Além do Comitê Internacional, há também um comitê local, composto por todas as organizações que se dispuserem a contribuir nesse processo de organização do evento, e uma secretaria operativa que trabalhará para ajudar na viabilidade do Fórum, a cargo do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC) em conjunto com o Serviço Pastoral do Migrante, Grito dos Excluídos, a Rede Scalabriniana e a rede paz sem fronteiras.
Esta será a segunda vez do Fórum no Brasil. O país já tinha sido palco da primeira edição, em 2005, em Porto Alegre. Para Illes, essa é uma oportunidade para conhecer as formas de mobilização e luta por direitos de imigrantes ao redor do globo. A Prefeitura de São Paulo é apoiadora do evento, mas o protagonismo na organização do Fórum é da sociedade civil.
No perfil oficial do Fórum no Facebook é possível ter uma ideia do que significa de fato o evento e o que o diferencia de outras grandes reuniões que já aconteceram recentemente, como a Comigrar (Conferência Nacional de Migrações e Refúgio). “O Fórum é um espaço aberto e democrático, que permitirá com que imigrantes, refugiados, brasileiros, movimentos sociais e sindicais se reúnam para debater melhorias na qualidade de vida dos migrantes, reivindicar lutas e sonhos deles, e debater sobre o respeito aos direitos humanos nesta temática”.
Agenda de reunião das Comissões
14/01 – Comissão de documentação
16/01 – Comissão de Mobilização
19/01 – Comissão de Programação
21/01 – Comissão de Mídia e Redes Sociais
26/01 – Comissão de Cultura e Entretenimento
20/02 – Reunião Geral das Comissões
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