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domingo, dezembro 22, 2024

Abraço Cultural promove campanha de financiamento coletivo para expandir atividades

O Abraço Cultural, curso de idioma e cultura com professores refugiados, lançou uma campanha de financiamento coletivo, que tem o objetivo de arrecadar fundos para que o projeto possa crescer, impactando ainda mais a vida de refugiados e alunos do curso.

O prazo vai até 3 de junho e as contribuições devem ser feitas neste link. A campanha é do tipo “tudo ou nada” – ou seja, o Abraço só fica com o dinheiro se a meta for batida – a ideia é arrecadar R$ 25 mil.

O dinheiro da campanha, que tem o nome sugestivo de “Abrace o Abraço”, será destinado à compra de equipamentos – computadores, projetores, móveis e material para as aulas –  e à realização de uma reforma.  O objetivo é oferecer aos alunos e professores um espaço mais confortável para que as aulas fluam ainda mais.

“Alcançando nossos objetivos materiais, vamos conseguir gerar recursos para mais refugiados e fazer com que mais gente vivencie a cultura dos refugiados que estão chegando cada vez em maior número em São Paulo”, explica Carolina Teixeira, coordenadora-geral do curso.

Quem aderir à campanha receberá em troca recompensas que variam de acordo com o valor doado. Entre elas estão camisetas e canecas personalizadas, quadro do paquistanês – artista plástico e professor do Abraço Cultural – Raheel Shahbaz e bolsa integral no curso intensivo de férias em julho de 2016.

O Abraço Cultural

O Abraço Cultural é o projeto pioneiro em São Paulo a ter refugiados como professores de cursos de idioma e cultura. Idealizado pelo Atados – Juntando Gente Boa, o Abraço teve início em julho de 2015, quando a expectativa era de atingir 40 alunos, mas a procura foi bem além – cerca de 500 pessoas procuraram o Abraço Cultural. O curso teve início com 123 alunos, distribuídos em 12 turmas.

Durante o segundo semestre de 2015 foram realizados cursos semi-intensivo, de 3 meses, e o curso regular que teve 4 meses de duração e em 2016 o curso intensivo de férias em janeiro. Também está presente no Rio de Janeiro e tem planos de atuar em Curitiba e até fora do Brasil (em Paris, França) ainda este ano.

Os principais objetivos são promover a troca de experiências, a geração de renda, e a valorização pessoal e cultural de refugiados residentes no Brasil e, ao mesmo tempo, possibilitar aos alunos do curso o aprendizado de idiomas, a quebra de barreiras e a vivência de aspectos culturais de outros países. Os professores do Abraço Cultural vêm de diferentes países, como Síria, Haiti, Cuba, Congo e Nigéria.

Com menos de 1 ano de existência, o Abraço Cultural inseriu no mercado de trabalho 40 professores refugiados, teve 400 alunos e engajou 70 voluntários.

A metodologia do Abraço Cultural propõe que os alunos vivenciem aspectos culturais trazidos por esses imigrantes, sendo o compartilhamento ponto fundamental para o aprendizado do idioma.

A troca cultural acontece por meio de conteúdos que entrelaçam o ensino formal da língua com referências culturais do professor refugiado em questão e aprofunda-se nos saraus multiculturais abertos* – que acontecem uma vez por mês.

 

 

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