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sábado, julho 27, 2024

Associações mapeiam venezuelanos no Brasil com diploma de medicina

Iniciativa organizada por entidades fundadas e tocadas por venezuelanos visa apoiar esses profissionais na busca por alternativas para revalidação dos conhecimentos no Brasil, permitindo assim o acesso ao mercado de trabalho brasileiro

Um grupo de cinco associações de venezuelanos residentes no Brasil está realizando um mapeamento dos médicos venezuelanos no país. O objetivo é examinar a situação dos profissionais da saúde que ainda não revalidaram seu diploma perante os órgãos competentes.

O formulário pode ser acessado e preenchido por este link.

A iniciativa é liderada pela Associação Venezuela Global, que conta com o apoio de ASOVEAM (Associacao dos Venezuelanos e Refugiados No Estado do Amazonas), Irmandade Sem Fronteiras, Associação Venezuelana em Campo Grande e Casa Venezuela.

As informações coletadas servirão de subsídio para a formulação de ações que visem apoiar os profissionais médicos na busca de alternativas para garantir a revalidação do diploma de graduação e o exercício da profissão no Brasil.

“A Medicina é uma das carreiras cujo diploma quando vem do exterior tem menos flexibilidade para ser revalidado. Estamos trabalhando para elaborar propostas, intermediar com setor público para ajudar nossos compatriotas médicos em tudo o que estiver a nosso alcance, mas não queremos levantar grandes expetativas que a gente não possa cumprir”, explica William Clavijo, diretor da Associação Venezuela Global.

Segundo o balanço mais recente do pool de associações, 247 médicos venezuelanos já foram identificados no Brasil com diploma de medicina e sem revalidação para atuação regular no país. A maioria está em estados da região norte. Também foi identificado que ao menos 30% dos que respoderam ao chamado contam com algum tipo de especialidade médica.

Outras áreas?

Nass redes sociais, venezuelanos que tomam conhecimento do levantamento fazem questionamentos sobre a abertura a outras profissões, ou mesmo se essas outras carreiras contariam com um processo semelhante.

Segundo Clavijo, novos levantamentos, voltados para outras profissionais, poderão ser feitos. Dessa forma, contribui-se para uma melhor e maisefetiva inserção laboral da população migrante venezuelana.

“É uma iniciativa que nos motiva muito. A revalidação dos diplomas das pessoas pode contribuir de forma drástica na melhora das condições de vida das pessoas migrantes e refugiadas, permitindo que possam aumentar suas chances de se recolocar no mercado formal de trabalho e ter empregos mais bem remunerados. É uma ação muito poderosa para ajudar a muitas pessoas qualificadas a superar o quadro de vulnerabilidade social com que chegam ao Brasil, abandonar a condição de pobreza deles e de seus familiares, além de contribuir no aumento da produtividade das organizações onde entram a trabalhar e ao desenvolvimento econômico do Brasil”, completa.

Segundo dados do governo federal disponíveis na plataforma R4V, os venezuelanos respondem por cerca de 70% dos 65.811 refugiados reconhecidos pelo Brasil – algo em torno de 53 mil pessoas. Incluindo os que contam com autorização de residência, a comunidade migrante venezuelana é estimada em 414,5 mil integrantes.

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