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quinta-feira, abril 17, 2025

Autorizações de residência para trabalho e investimento crescem pelo segundo mês consecutivo, diz OBMigra

Aumento na solicitação e deferimento desse tipo de permissão no Brasil cresceu 15,4% em relação ao mês de janeiro e de 48,1% na comparação com fevereiro de 2024

O relatório mensal sobre migração no Brasil, divulgado nesta semana pelo OBMigra (Observatório das Migrações Internacionais), apontou que as autorizações de residência para fins laborais e de investimento cresceram pelo segundo mês seguido.

Segundo o levantamento, o aumento das permissões para finalidade laboral foi de 15,4% em relação ao mês de janeiro e de 48,1% na comparação com fevereiro de 2024. Foram 2.994 autorizações de residência, com China, Filipinas e Estados Unidos liderando entre as nacionalidades mais contempladas.

A presença dos filipinos nesse grupo explica-se por essa nacionalidade representar cerca de 25% de todos os trabalhadores marítimos do mundo. Alguns deles estão trabalhando embarcados em navios que operam em águas brasileiras.

Ainda em relação às autorizações de residência, os dados compilados pelo OBMigra mostram que há uma concentração na região Sudeste (sobretudo no Estado do Rio de Janeiro), em técnicos de nível médio e profissionais das ciências e das artes. A faixa de público principal é bastante jovem, de 20 a 49 anos.

Entre as nacionalidades que mais conseguiram autorização de residência por investimento em imóveis destacam-se os russos, com um total de R$ 4,7 milhões empenhados no Brasil no mês. Em seguida aparecem chineses (R$ 4,3 milhões) e franceses (R$ 3 milhões). Ao todo foram R$ 18,4 milhões em investimentos no Brasil por meio de autorizações de residência, superando de longe o registrado em janeiro (R$ 8,4 milhões) e dezembro de 2024 (R$ 6,88 milhões).

Registros de residência e solicitações de refúgio

O boletim do OBMigra também destaca os venezuelanos (6,8 mil), bolivianos (1,4 mil), argentinos (1,1 mil) e haitianos (1,0 mil) como as nacionalidades que mais obtiveram registro de residência no Brasil em fevereiro. Ao todo foram 20.717 no mês.

Em relação ao refúgio, os cubanos seguem como a nacionalidade com maior número de solicitações, de quse 6 mil, seguida por Venezuela (3,1 mil) e angolana (1,8 mil).

Só em 2024 foram 22.288 pedidos de refúgio formulados por cubanos, que entram pelo Brasil sobretudo pela cidade de Oiapoque (AP), que faz fronteira com a Guiana Francesa. Com isso, se tornaram a segunda maior nacionalidade nesse tipo de solicitação no país, ficando atrás somente dos venezuelanos (27.150).

O Brasil nem sempre é o destino final dessa migração. Há cubanos que optam por se deslocar do Brasil para outros países sul-americanos, como Uruguai e Chile, e outros que também se arriscam em jornadas ainda mais longas, como os Estados Unidos.

Os dados completos sobre migração no Brasil em fevereiro podem ser encontrados no portal do OBMigra.


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