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domingo, dezembro 22, 2024

De iniciantes a egressos: EPM marca vida profissional e pessoal de seus integrantes

Vários estudantes do curso de Relações Internacionais da USP que passaram pelo Educar para o Mundo (EPM) continuam envolvidos, direta ou indiretamente, com a questão migratória. E a experiência adquirida com as atividades do coletivo têm grande importância para a nova fase pessoal e profissional.

“O Educar é o que dá sentido à minha vida acadêmica (por que de que vale o academicismo se esvaziado de experiências e vivências?). Mostrou-me que é possível a universidade de fato dialogar com a sociedade, fazendo cumprir seu papel de local que potencialmente forme agentes atuantes na sociedade, que a questionem e a revolucionem, não sendo apenas reprodutores de uma ordem supostamente dada e inalterável”, opina Andressa Lisauskas, que entrou neste ano no EpM.

As lições aprendidas com o Educar não desparecem após o graduando deixar a universidade. Pelo contrário, muitos egressos do curso de Relações Internacionais da USP que passaram pelo coletivo ainda lidam de forma direta ou indireta com as migrações – e a experiência adquirida com as atividades é fundamental para os desafios que cada um enfrenta atualmente.

Experiência com o EPM marca de iniciantes a egressos do IRI-USP. Crédito: EPM
Experiência com o EPM marca de iniciantes a egressos do IRI-USP.
Crédito: EPM

“Lembro do período do EPM no todo como a melhor e mais turbulenta fase da minha graduação. Era muita informação e muita emoção ao mesmo tempo. Muita crítica ao mundo e muito autocrítica. Cansava muito ao mesmo tempo em que era maravilhoso. Era a semana inteira, incluindo os finais de semana, pensando e planejando e re-planejando o projeto. Na casa de alguém, na escola, na universidade ou no Centro Cultural Vergueiro. Até dos momentos mais tristes ou que me deixaram brava e irritada me lembro com carinho, porque, sem dúvida, foram muito responsáveis pela pessoa que sou hoje”, relembra Raísa Ortiz Cetra, atualmente assessora do Programa de Política Externa da Conectas Direitos Humanos – entidade que tem a migração entre suas pautas prioritárias.

“As lições aprendidas na prática da extensão e educação popular e da importância de estar em campo, são duas lições que vieram do EPM e que estão comigo todo o tempo, fazem parte de mim, do eu profissional – ativista e pesquisadora- e do eu pessoal – dos meus princípios”, completa Raisa.

Outro egresso do EpM que continua ligado diretamente aos migrantes é Guilherme Otero, atualmente assessor da Coordenação de Políticas para Imigrantes (CPMig) da Prefeitura de São Paulo. “Antes de tudo a extensão me fez enxergar um outro modelo possível de universidade e escola: pública, democrática e popular. A partir daí toda minha vivência e experiência na universidade mudou radicalmente. Aprendi muito mais fora da sala de aula do que dentro. Além disso, o EpM me deixou amigos, colegas, companheiros e vivências que levo pra toda vida. E por fim, só estou na CPMig hoje por conta da minha trajetória no EpM. Posso dizer sem exagero que participar deste coletivo foi decisivo pra minha vida profissional e política, pelo que eu sou muito grato”.

Olhando para tais realizações e para o legado que deixa sobre participantes atuais e egressos, dizer que o EpM faz jus ao nome e “educa para o mundo” está longe de ser um exagero. Para Andressa, o nome do coletivo já fica até pequeno perto da sua atuação real. “Porque não é ‘Educar para o Mundo’. É ‘Educar com o Mundo’; ou melhor ainda, ‘Aprender e Educar com o mundo'”.

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