Na estação de metrô de Victoria Park, região leste de Toronto, é possível ler a seguinte frase (tradução livre do inglês): “Toronto, uma cidade onde toda uma diversidade de raízes cresce e se interliga em meio a um complexo e excitante jardim multicultural”. No mesmo local ainda é possível ler a palavra “comunidade” em uma série de idiomas – inglês, espanhol, italiano, alemão, russo, árabe, entre outros.
Essas duas montagens ao menos parecem bem coerentes com a realidade demográfica e cultural do país e da maior cidade canadense.
Segundo dados do último Censo realizado no Canadá, em 2011, 49% dos cerca de 2,6 milhões de habitantes de Toronto são imigrantes, contra 21% da média nacional – já considerada alta, se comparada com outros países. Desses imigrantes, 33% deles chegaram à cidade entre 2001 e 2011. Se considerarmos o total de pessoas que nasceram fora do Canadá, a porcentagem imigrante sobe para 51%. Ainda de acordo com o Censo, 14% dos que moram em Toronto não possuem cidadania canadense.
Asiáticos, chineses, negros, filipinos e latinos formam os cinco maiores grupos minoritários. Em questão de idiomas, 47% dos habitantes tem outro idioma materno diferente do inglês ou francês, as duas línguas oficiais do Canadá – aliás, o próprio site da Prefeitura de Toronto pode ser traduzido em nada menos que 51 idiomas, incluindo o português.
Cuidar desse jardim multicultural, em meio a tantas ervas daninhas que surgem e das variações de tempo e temperatura que afetam diretamente a vida nesse ambiente, é um desafio e tanto para Toronto e outras cidades cosmopolitas do mundo – ou que tenham a intenção em ser algum dia.
Nos próximos posts serão apresentados outros dados, relatos, curiosidades e depoimentos sobre o país e certas cidades canadenses.