Parque Ceret, em São Paulo, recebeu mais uma vez o festival Um Dia nas Arábias; novas edições devem ocorrer em breve
Por Alethea Rodrigues
De São Paulo (SP)
Celebrar a cultura árabe e ainda poder colaborar com os migrantes e refugiados que chegam ao Brasil. Esses são os principais objetivos do Festival Um Dia nas Arábias, que mais uma vez ocupou o espaço do Parque Ceret, zona leste de São Paulo, no último final de semana – uma edição anterior já tinha acontecido em novembro passado.
Cerca de 30 tendas foram montadas no local e refugiados de vários países puderam mostrar seus dotes culinários e vender produtos típicos da Síria, Egito, Marrocos e Líbano. De acordo com Said El Haji, idealizador do projeto, a intenção é celebrar a cultura árabe e ao mesmo tempo ajudar na renda das famílias refugiadas que tanto necessitam.
“Ficamos satisfeitos com o resultado da primeira edição, fizemos a segunda e provavelmente no mês de maio teremos a terceira. Conseguimos mostrar um pouco da nossa cultura, o melhor da gastronomia e – o mais importante – contar a história de alguns refugiados para as pessoas que desconhecem ou conhecem pouco sobre a causa”, contou Said que é descendente de libaneses.
Quem passou pelo festival pôde apreciar pratos como arroz marroquino, shawarma, saj, esfihas, kibs, falafel, lanche árabe, doces, tâmaras e tantas outras opções, além da oportunidade de adquirir acessórios típicos, artesanatos, roupas, tatuagem em henna e maquiagens, ou viver experiências da cultura “sabendo o futuro” por meio da borra de café ou dançando o famoso dabke.
“Tenho família na Turquia e só tive a oportunidade de visitá-los uma vez. Gosto de festas como essa porque posso pelo menos matar um pouco da saudade do meu povo e apreciar a verdadeira culinária árabe”, contou Rasha Kherdaji, que esteve com a família no evento e confirmou presença nas próximas edições.
A novidade dessa edição foi a participação de expositores brasileiros. Cerca de 10 comerciantes ofereceram massagem, crepes, espetinhos, hambúrgueres, churros ou comida japonesa e 5% do lucro obtido foi revertido à entidade filantrópica, Bem-vindo Amigo Refugiado. “Resolvemos abrir espaço aos que apoiam a causa e desejam contribuir. Além dessa grande contribuição, conseguimos arrecadar bastante alimentos, produtos de higiene pessoal e roupas para adultos e crianças”, concluiu o idealizador.
Com entrada franca, o festival Um Dia nas Arábias ainda ofereceu apresentações de danças do ventre e recreação para as crianças.
Alethea Rodrigues Solha é jornalista e estudante de Relações Internacionais. Trabalhou em veículos impressos e algumas emissoras de televisão como a Record TV, a qual atuou como repórter policial durante três anos. Trabalha como voluntária em diversas áreas desde 2007, mas se encontrou na causa do refúgio e hoje se dedica a projetos de integração de familías refugiadas no Brasil. Já desenvolveu trabalhos com Ongs parceiras no Haiti e em um campo de refugiados na Grécia e desenvolve seus próprios projetos com crianças pelo mundo. Além de atuar como jornalista, hoje é voluntária do Adus e MigraMundo tanto na área de comunicação quanto em outras funções.
Prezada Alethea,
Meu nome é Gisela, moro em Erechim\RS e gostaria de entrar em contato com você, pois pretendo fazer trabalho voluntário em um campo de refugiados e gostei muito do seu depoimento no site da ADUS. Precisaria de sua assessoria para tornar realidade este meu sonho.
Um abraço e aguardo!
Olá Gisela, bom dia!
Provavelmente a Alethea já fez isso, mas ela ia entrar em contato com você. Espero que dê tudo certo e a conversa entre vocês seja proveitosa!
Saudações,
Equipe MigraMundo