Você já parou para pensar na origem do seu nome e sobrenome? Basta uma pergunta para algum parente mais velho ou mesmo uma rápida pesquisada na internet para descobrir. É muito comum ver no Brasil pessoas com nomes que, em outros países, rapidamente seriam identificados como estrangeiros.
Esse traço mostra como a questão migratória faz parte da história do Brasil, desde a chegada dos primeiros colonizadores por aqui, passando pela vinda à força de negros via tráfico negreiro e ao incentivo ao ingresso de europeus. Mas se até um passado recente o tema era mais relacionado com deslocamentos internos – como do Nordeste para o Sudeste, por exemplo – e a ida de brasileiros para outros países, o tema ganha novos ingredientes com o aumento da volta de cidadãos que estavam no exterior e a chegada de estrangeiros por aqui em busca de melhores condições de trabalho.
Para responder às novas questões, adotar argumentos e práticas já usados fora do país muitas vezes não é a melhor ideia para atender às necessidades brasileiras. Um bom exemplo é a chegada de haitianos que, fugindo de um país devastado, ingressaram no Brasil e levantaram argumentos na sociedade que iam do pronto acolhimento ao repúdio desses indivíduos, com boas doses de xenofobia.
Fatores como esses mostram o quanto o debate sobre esse novo lado da migração por aqui ainda é imaturo. Pelo próprio tamanho continental e importância que tem dentro da América Latina, é natural o Brasil se tornar um polo de atração para pessoas de outros países, que tentam a sorte por aqui.
A imigração é uma realidade com a qual a sociedade brasileira se desacostumou a lidar, mas que deve ser cada vez mais presente no cotidiano. Teoricamente, para uma sociedade multiétnica e miscigenada como a brasileira, tal assunto deveria ser encarado com naturalidade. Mas muitas vezes essa mesma teoria acaba ficando bem longe da prática.
Este novo espaço tem como objetivo ajudar a discutir tais questões, partindo do ponto de vista que a migração é, sobretudo, um direito do homem – recurso ao qual sempre recorreu e ainda recorre em busca de melhores condições de vida. E a participação do leitor também é de suma importância, seja sugerindo, elogiando ou criticando o conteúdo publicado.
Desde já muito obrigado e até o próximo post.
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