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sexta-feira, abril 26, 2024

Mariama, de Gâmbia, quer voltar a ser atriz

Da Cáritas RJ – texto e fotos

“Meus pais me tiraram da escola aos 13 anos e me deram um esposo que eu não conhecia nem queria. Foi um casamento forçado, mas a sociedade diz que você tem que obedecer. Aos 14, fiquei grávida e tive uma filha. No meu país a mulher não serve para estudar, pertence à cozinha e tem que formar família. Sofri maus-tratos físicos e verbais e falei para minha mãe: ‘Prefiro morrer, mas não vou continuar neste casamento’.”

Mariama deixou a Gâmbia escondida em um barco e sobreviveu a uma viagem de 20 dias em condições extremas. A filha ficou aos cuidados de sua irmão. No Rio de Janeiro desde o início de 2014, ela aguarda o resultado da sua solicitação de refúgio enquanto faz planos para o futuro.

“Estou trabalhando como cabeleireira. Na verdade não gosto muito, mas é o que está me dando o pão de cada dia. Eu gostaria de voltar para a escola. E também voltar a atuar.”

Mariama, de Gâmbia, que sonha em voltar a ser atriz. Crédito: Cáritas RJ
Mariama, de Gâmbia, que sonha em voltar a ser atriz.
Crédito: Cáritas RJ

Quando vivia na Gâmbia, Mariama participou de um grupo de teatro que fazia apresentações para conscientizar estudantes a respeito de temas importantes como a AIDS. Embora não tenha formação na área, ela sente que a arte pode ajudá-la a construir uma vida no Brasil. Quem vê a sempre sorridente gambiana não imagina as dificuldades pelas quais ela passou.

“Eu não desisto. Sonho todos os dias em ser alguém na vida. Quero contribuir para a sociedade, não ser apenas um profissional que ganha o salário e põe o dinheiro no bolso. Só preciso de uma oportunidade.”

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Para ajudar a Mariama, mande mensagem para [email protected]

Material reproduzido pelo MigraMundo pela parceria de conteúdo com a Cáritas RJ, na qual é autorizado a divulgar e reproduzir as histórias de refugiados acolhidos pela entidade. Com isso, a ideia é ajudar ampliar o máximo possível a divulgação do tema do refúgio no Brasil, que infelizmente ainda é bastante desconhecido.

Texto publicado originalmente na página da Cáritas RJ no Facebook.

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