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segunda-feira, dezembro 23, 2024

Mortes em travessias no Mediterrâneo e Egeu neste ano passam de 2.600, segundo OIM

Apesar do destaque crescente que a temática migratória ganhou na agenda global e na mídia (mas que já começa a sumir), os fatores geradores dos deslocamentos continuam em plena atividade, sem ações efetivas para lidar com o problema em escala global. E milhares de pessoas continuam a morrer nas travessias.

A OIM (Organização Internacional para as Migrações) divulgou, no último dia 29, novos números referentes à chegada de imigrantes na Europa pelo mar Mediterrâneo neste ano – eles também incluem o Egeu, mar entre a Turquia e a Grécia.

De acordo com a organização, por meio da ação Missing Migrants Project, só neste ano 522.134 imigrantes já tentaram cruzar o mar Mediterrâneo – Grécia (388.324) e Itália (130.891) continuam sendo os países que mais recebem pessoas que fazem a travessia.

Dados da OIM mostram quantas pessoas já tentaram atrevessar o Mediterrâneo rumo à Europa neste ano. Crédito: Arte/OIM
Dados da OIM mostram quantas pessoas já tentaram atrevessar o Mediterrâneo rumo à Europa neste ano.
Crédito: Arte/OIM

No período, foram contabilizadas 2.892 mortes, sendo a rota entre a Líbia e a Itália o ponto mais letal, no qual 2.621 pessoas já perderam a vida. Mais 246 pessoas já morreram na travessia turco-grega – incluindo o naufrágio do bote do último domingo (27), que matou 17 sírios na costa turca. Mas o aumento do movimento nessa rota deve elevar ainda mais o índice de mortes nessa região.

Os dados da OIM também informam as nacionalidades mais presentes nas travessias. Entre os que chegam à Europa via Grécia, a maioria é de nacionalidade síria (77.680, entre junho e setembro), seguida por afegãos (11.000) e iraquianos (6.519); já na Itália os que mais chegam pelo mar são os eritreus (30.708), seguidos por nigerianos (15.113) e somalis (8.790).

“O que estamos vendo na Europa é consequência de um fenômeno muito maior. Guerras, regimes, pobreza extrema e mudanças climáticas estão forçando um número crescente de pessoas a deixarem seus países em condições desesperadoras. O que nos preocupa é a maneira como esses migrantes e refugiados chegam à Europa: o risco de morte no mar ou nos desertos, e colocando suas vidas nas mãos de traficantes sem escrúpulos”, diz William Lacy Swing, diretor-geral da OIM.

Com informações da OIM

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