Por Rodrigo Borges Delfim
Fotos: Griselda San Martin/Reprodução Revista 5W
Menos de uma semana após assumir a Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump assinou decreto que determina a construção de uma barreira na fronteira com o México, sob o pretexto de combater a migração indocumentada em direção ao país – e com a ideia de fazer o governo mexicano, de uma forma ou de outra, pagar pela obra.
Além do muro, Trump determinou ainda a restrição de refugiados no país, especialmente de nações “propensas ao terrorismo”, entre as quais cita Iraque, Líbia, Sudão, Irã e Síria.
O que poucos sabem – dentro e fora dos EUA – é que essa barreira, na verdade, já existe: trata-se de uma construção que cobre cerca de 1.000 km dos 3.200 km de fronteira terrestre entre os dois países – e que conta com trechos até mesmo no mar. Em alguns locais, é composto por grandes barras de metal, que permitem ver – ainda que de forma bem restrita – o que há do outro lado. De acordo com o desejo de Trump, essa barreira já existente seria ampliada e fortificada, com o metal dando lugar ao concreto.
O muro já existente foi tema de um ensaio da fotojornalista espanhola Griselda San Martin, retratando as famílias separadas por esse muro. Esse trabalho pode ser conhecido por meio da Revista 5W e no site da própria Griselda – veja mais nos links ao final do texto.
Em um dos trechos desse muro, entre as cidades de San Diego (EUA) e Tijuana (México) existe o chamado Friendship Park/Parque de la Amistad, um parque binacional instituído em 1971 e mantido por uma associação sediada em San Diego. Nele, as pessoas dos dois lados da fronteira podem ter contato uns com os outros. No entanto, o acesso ao local se tornou restrito nos últimos anos e é feito sob forte vigilância da patrulha de fronteira.
Fica a pergunta: qual será o futuro desse parque com Donald Trump no comando da Casa Branca? Essa é uma das histórias que o MigraMundo pretende acompanhar de perto e buscar novas informações.
Conheça mais:
Revista 5W, com o trabalho de Griselda San Martin