publicidade
sexta-feira, novembro 22, 2024

Procuradoria da República debate e lança livro em SP sobre tráfico de pessoas

A Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR-3), em São Paulo, sediou nesta quinta-feira duas mesas de debates sobre tráfico de pessoas, em mais um exemplo da importância de se discutir, conhecer e enfrentar esse crime.

Público marca presença na sede da PRR-3 Crédito da foto: Rodrigo Borges Delfim
Público marca presença na sede da PRR-3
Crédito da foto: Rodrigo Borges Delfim

A primeira mesa teve como tema “A contribuição do Ministério Público Federal (MPF) na Política Nacional de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas”, da qual participaram os procuradores-gerais Nilce Cunha Rodrigues (PR/CE) e Daniel Resende Salgado (PR/GO), com mediação de Samantha Chantal Dobrowolski (PRR-3).

Nilce, que lembrou as articulações do MPF dentro e fora do Brasil nos últimos anos,  destacou a desigualdade como um elemento preponderante para o tráfico de pessoas, uma vez que esta deixa a pessoa fragilizada e a torna presa fácil para os criminosos. “A desigualdade social e econômica é fator decisivo para ensejar o tráfico. Ninguém explora seus iguais. Sempre aquele mais fraco é que é explorado”, destaca a procuradora.

A procuradora Nilce Rodrigues, durante evento na PRR-3 Crédito: Rodrigo Borges Delfim
A procuradora Nilce Rodrigues, durante evento na PRR-3
Crédito: Rodrigo Borges Delfim

A questão da desigualdade também foi lembrada pelo procurador Daniel Salgado, que falou mais especificamente sobre os meios usados hoje para reprimir o crime. Com base no planejamento e experiências obtidas pelo grupo de trabalho (GT) que ele coordena sobre o tema. Entre elas, destacou a dificuldade em lidar com os diferentes entendimentos mundo afora sobre o que é tráfico humano e com uma visão ainda muito criminal do tema em geral – há países que, inclusive, usam o tráfico humano como motivação para reprimir a imigração.

O procurador Daniel Salgado, também presente no debate da RRF Crédito: Rodrigo Borges Delgfim
O procurador Daniel Salgado, também presente no debate da RRF
Crédito: Rodrigo Borges Delgfim

Dentre as políticas e ferramentas já adotadas após as recomendações do GT, Salgado cita a adoção do termo “ofendido” no lugar de “vítima” devido à complexidade do assunto. “É preciso tentar evitar a re-memorização do trauma sofrido pelo ofendido”, frisa.

Evento marca lançamento de livro

A mesa seguinte foi a de lançamento do livro “Tráfico de Pessoas: uma abordagem para os direitos humanos”, que tem como objetivo fortalecer a compreensão de que essa temática  só pode ser percebida e enfrentada na perspectiva da proteção e da promoção dos direitos humanos.

Capa do livro "Tráfico de pessoas - uma abordagem para os direitos humanos", distribuído no evento e disponível na internet Crédito: Rodrigo Borges Delfim
Capa do livro “Tráfico de pessoas – uma abordagem para os direitos humanos”, distribuído no evento e disponível na internet
Crédito: Rodrigo Borges Delfim

A obra é fruto de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Justiça (Ministério da Justiça) e o Instituto de Estudos Direito e Cidadania -IEDC. O livro foi distribuído gratuitamente no dia do lançamento, mas também pode ser obtido em versão digital no Portal do Ministério da Justiça, além de outras publicações da pasta.

Publicidade

Últimas Noticías