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terça-feira, abril 23, 2024

São Paulo terá 92 candidatos imigrantes aos Conselhos Participativos Municipais

Estão oficializadas as candidaturas de imigrantes aptas para concorrerem às vagas especiais nos conselhos participativos de São Paulo. Ao todo serão 92 candidatos que disputarão 35 vagas distribuídas em 29 subprefeituras.

A divulgação dos nomes foi feita na edição desta quinta-feira (12) no Diário Oficial de Cidade de São Paulo. A eleição será realizada no dia 6 de dezembro, por meio de voto facultativo, direto e secreto, em locais que serão anunciados até 15 dias antes do pleito.

A exemplo da edição anterior, a região Sé concentra tanto o maior número de candidatos (18) como o de vagas disponíveis (3). A segunda região com mais candidatos é a Mooca, que terá duas cadeiras este ano, seguida pela Vila Maria/Vila Guilherme – cinco candidatos para duas vagas. A relação completa de candidatos por subprefeitura pode ser vista no Diário Oficial de Cidade de São Paulo por meio deste link.

Na eleição anterior, ocorrida em março de 2014, foram 49 candidatos disputando 20 vagas espalhadas por 19 subprefeituras.

Os eleitos vão cumprir mandatos de dois anos (2016-2018), a contar a partir de janeiro.  A eleição será realizada por meio de voto facultativo, direto e secreto, em locais que serão anunciados até 15 dias antes do pleito. Terão direito a voto pessoas com 16 anos ou mais e que sejam portadoras de título de eleitor da capital. No caso dos imigrantes, será exigido o RNE (Registro Nacional de Estrangeiro) ou outro documento de identificação com foto do país de origem, e um comprovante de residência – ou declaração de residência.

Cartilha feita para instruir imigrantes sobre a eleição para os Conselhos em 2014; novo pleito acontece em dezembro de 2015. Crédito: Rodrigo Borges Delfim/MigraMundo
Cartilha feita para instruir imigrantes sobre a eleição para os Conselhos em 2014; novo pleito acontece em dezembro de 2015.
Crédito: Rodrigo Borges Delfim/MigraMundo

Ainda de acordo com o Diário Oficial, apenas três subprefeituras não registraram candidaturas de imigrantes: Capela do Socorro, Cidade Tiradentes e M’Boi Mirim. Todas as demais tiveram ao menos uma candidatura registrada. Outras sete subprefeituras terão candidato único no pleito.

“Gostaria que tivesse mais candidatos. É mais importante que a região tenha mais representantes. Se eu não me inscrevesse, o Conselho Participativo Migrante ficaria sem ninguém”, ponderou Greg Fischer, dos EUA, que é candidato único na região.

Mobilização sobre o processo

Os membros das cadeiras de conselheiros extraordinários para os imigrantes serão eleitos por voto dos eleitores imigrantes. Vale lembrar que os escolhidos exercem um cargo consultivo e voluntário – nenhum deles recebe qualquer valor por ser conselheiro e eles não possuem poder de decisão, mas as demandas que apresentam servem e são de grande utilidade para orientar a gestão pública local.

Imigrantes de toda a cidade se voluntariaram para essa tarefa, cada qual com experiências prévias que podem ser úteis para a comunidade onde vivem.

“Para esse conselho vou levar questões ainda pendentes pelas quais estou lutando e que acho primordiais na vida do refugiado e imigrante no brasileiro: a questão da moradia e da estabilidade no emprego”, defende o refugiado congolês Pitchou Luambo, que é um dos 18 candidatos na região da Sé.

Eleito em 2014 pela região de Santo Amaro, o tradutor peruano Víctor Gonzales, um dos responsáveis pelo projeto Ecos Latinos, pautou sua atuação por meio do diálogo cultural, como forma de derrubar estereótipos sobre a temática migratória. Agora vivendo no Campo Limpo, quer dar continuidade a esse trabalho e pautar a necessidade de mais cursos de português para imigrantes na região sul de São Paulo. “A língua é um ponto importante para a inserção do imigrante, tanto no mercado de trabalho como na vida social”.

 

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