Imagine se, de repente, cada escolha sua fosse uma questão de vida ou morte. É assim que vive – ou ao menos tenta – o refugiado, seja em grandes acampamentos, sozinho ou tentando a sorte em arriscadas travessias por terra, água ou pelo ar.
Ao contrário do imigrante, que opta por tentar uma vida melhor em outro lugar, ninguém escolhe ser refugiado. No entanto, a cada minuto, oito pessoas abandonam tudo para fugir de guerras, perseguições ou dos horrores de um conflito, segundo projeção do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, a Acnur. E o que não faltam são eventos geradores de refugiados – como Mali, Síria, Afeganistão, só para citar os mais recentes ou conhecidos.
Sob tais circunstâncias, você já imaginou como seria sua vida como refugiado? Caso tenha curiosidade, você pode tentar descobrir por meio do aplicativo “My life as a refugee”, desenvolvido pela Acnur. Com versões para iPhone e smartphones Android, ele foi parte da campanha de conscientização em torno do Dia do Refugiado em 2012. O objetivo é que, mesmo sendo um ambiente virtual e por poucos minutos, o usuário tenha ao menos uma ideia das situações enfrentadas por aqueles que foram obrigados a deixar tudo o que tinham para trás.
Todas as histórias, decisões e consequências de cada escolha são baseadas em relatos reais de refugiados. Durante a aplicação também são apresentados dados oficiais relacionados ao tema.
O aplicativo começa pedindo que o usuário opte por um dos três perfis disponíveis. A seguir, ele tem apenas 30 segundos para tomar a primeira decisão. As histórias vão se desenvolvendo de acordo com as escolhas do usuário, que podem tanto levá-lo a concluir a história são e salvo como a terminar largado em um deserto, atrás das grades, afogado no mar, morto em combate, queimado vivo em casa, entre outros fins trágicos. E mais: completar a história não necessariamente significa um final feliz…
Sim, de fato é muito fácil tomar decisões sobre onde ir e o que fazer quando se está no aconchego do sofá da sala, devidamente alimentado, hidratado e aquecido – luxos quem nenhum refugiado possui. Para finalizar, fuja da tentação de chamar o aplicativo de jogo – como bem lembra a embaixadora da ONU para refugiados, a atriz Angelina Jolie, “isto não é um jogo”. Pelo contrário, é uma triste realidade.
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Crédito da imagem: Reprodução/Acnur
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