Em 2014, ela foi sucesso de público e crítica. Neste ano, ela voltou com mais times e maior tempo de duração. É a Copa do Mundo dos Refugiados, que começou no último dia 2 de agosto e terminou no sábado seguinte (8), no CERET, na zona leste de São Paulo.
Organizada integralmente pelos refugiados e solicitantes de refúgio que vivem em São Paulo, com apoio da Cáritas e do escritório do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) no Brasil, a II Copa dos Refugiados vinha sendo elaborada desde abril. Além da ampliação do número de times (para 18 ao todo), o torneio teve a inclusão da seleção do Haiti. Ainda que os haitianos não sejam considerados refugiados – e sim migrantes -, os organizadores não quiseram deixar o país caribenho de fora. “A situação dos nossos irmãos haitianos é muito semelhante à nossa e eles não poderiam ficar de fora”, informou a organização do campeonato ainda na primeira semana de competição.
Dentro de campo, a final foi disputada entre as seleções de Camarões e República Democrática do Congo. Vice-campeões no ano passado, os camaroneses ficaram desta vez com o título do torneio. Mas todos os cerca de 240 participantes da Copa, entre participantes e organizadores, são reais vencedores. Especialmente em tempos de reações xenófobas no Brasil e no mundo, os refugiados utilizam a linguagem da não-violência e da união como resposta.
O MigraMundo não pode acompanhar a segunda edição da Copa dos Refugiados por motivos de força maior. Mas um belo relato do torneio foi feito pelo Portal Aprendiz (basta acessar aqui para ler a matéria)
E que venham as próximas edições da Copa do Mundo dos Refugiados e outros eventos que promovam a inclusão e a visibilidade dos migrantes, seja no Brasil ou qualquer outro país.
[…] edições anteriores do torneio em São Paulo, as seleções vencedoras foram Nigéria (2014), Camarões (2015) e República Democrática do Congo (2016). Apesar das disputas dentro de campo, o significado da […]