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quarta-feira, outubro 16, 2024

Equipe de refugiados nos Jogos Paralímpicos de Paris terá 8 atletas de 5 nacionalidades

Será a terceira edição dos Jogos Paralímpicos a ter uma delegação de atletas refugiados. Objetivo é homenagear e mostrar o potencial de integração propiciado pelo esporte

A Agência da ONU para Refugiados e o Comitê Paralímpico Internacional divulgaram nesta terça-feira (9) os atletas que vão integrar a delegação de refugiados nos Jogos Paralímpicos de Paris. A competição neste ano acontece de 28 de agosto a 8 de setembro, poucas semanas após os Jogos Olímpicos na capital francesa.

Ao todo, oito atletas de cinco nacionalidades vão disputar seis competições. São três refugiados do Irã, dois do Afeganistão e um de cada de Camarões, Colômbia e Síria.

Será a terceira edição de Jogos Paralímpicos a contar com uma delegação de atletas refugiados. Foram dois competidores na Paralimpíada do Rio (2016) e seis em Tóquio (2021).

“Pela terceira Paralimpíada consecutiva, uma equipe de atletas refugiados determinados e inspiradores mostrará ao mundo o que eles podem alcançar se tiverem a chance. Os refugiados prosperam quando têm a oportunidade de usar, desenvolver e mostrar suas habilidades e talentos, no esporte e em muitas outras áreas da vida. O esporte é vital para o bem-estar mental e físico deles, assim como para sua inclusão e integração com as comunidades que os acolhem.”, diz o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi.

Reforçando essa visão, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, afirma que essa delegação destaca o impacto transformador do esporte.

“Todos os paralímpicos têm histórias de resiliência incrível, mas as histórias desses atletas e suas jornadas como refugiados sobrevivendo à guerra e perseguição para competir nos Jogos Paralímpicos são incrivelmente inspiradoras. “Infelizmente, o mundo tem mais de 120 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo. Muitas vivem em condições terríveis. Esses atletas perseveraram e demonstraram uma determinação incrível para chegar a Paris 2024 e dar esperança a todos os refugiados ao redor do mundo”.

No começo de maio, o ACNUR e o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciaram os 36 atletas da Equipe Olímpica de refugiados, provenientes de 12 países distintos.

Quem serão os atletas paralímpicos refugiados em Paris-2024

Segundo o Comitê Paralímpico, os atletas são escolhidos em consulta com as Federações Internacionais com base em vários critérios, incluindo o desempenho atlético. O status de refugiado dos atletas, determinado pelo país anfitrião, também precisa ser verificado pelo ACNUR.

Veja abaixo os nomes dos atletas que irão compor a deleção de refugiados nos Jogos Paralímpicos de Paris. No portal do Comitê Paralímpico Internacional há uma entrevista com cada competidor.

Apesar de passar uma mensagem de superação e do potencial de integração social a partir do esporte, há também uma crítica latente a esse tipo de iniciativa por parte de alguns especialistas. Eles consideram que um time formado por refugiados reforça o estigma desses indivíduos em uma situação de limbo, sem pertencimento a uma nação – ou seja, sem representar nem o país de origem, nem o de acolhimento.

Esse debate foi abordado no MigraMundo em uma publicação de setembro de 2021, poucas semanas após os Jogos de Tóquio.

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