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terça-feira, novembro 26, 2024

Senadora propõe acolhimento de ucranianos em SP para reabilitação de lesões de guerra

Senadora Mara Gabrilli propõe que São Paulo receba refugiados ucranianos que adquiriram alguma deficiência em razão da guerra para reabilitação de saúde

Uma proposta apresentada nesta terça-feira (16) à representação diplomática da Ucrânia em Genebra (Suíça) prevê que o Brasil, mais exatamente São Paulo, acolha um grupo de refugiados ucranianos que adquiriram algum tipo de deficiência por conta do conflito gerado pela invasão russa, iniciada em fevereiro.

A ideia foi apresentada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que está em missão na Suíça como relatora e porta-voz da Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados do Congresso Nacional.

A embaixadora da Ucrânia em Genebra, Yevheniia Filipenko, que recebeu a proposta da parlamentar brasileira, disse que solicitará ao Ministério da Saúde da Ucrânia uma lista de ucranianos com deficiência que necessitam de serviços de reabilitação.

Gabriili fez ainda uma solicitação à diretora do centro de reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo, Linamara Battistela, para o acolhimento de refugiados da guerra e viabilizar os protocolos de reabilitação. O pedido, segundo comunicado, foi acolhido pela administração hospitalar.

A senadoraMara Gabrilli (PSDB-SP), ao lado da embaixadora da Ucrânia em Genebra, Yevheniia Filipenko. (Foto: Divulgação)

No encontro bilateral com a diplomata ucraninana, a senadora também expressou preocupação com a educação de crianças com deficiência e com os direitos das mulheres durante o período de guerra, entre outros assuntos.

Após o encontro, foi cogitada a possibilidade de a senadora ir à Ucrânia em novembro, quando o período eleitoral estiver encerrado no Brasil — ela é a vice na chapa de Simone Tebet (MDB) à Presidência da República.

Diáspora forçada

Segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), cerca de 6 milhões de ucranianos estão na condição de refugiados, sendo 5 milhões deles em países europeus. O dado coloca os nacionais do país europeu como a terceira maior população em situação de refúgio no mundo, atrás apenas de sírios e palestinos, que são acompanhados por uma agência específica das Nações Unidas, a UNRWA.

No Brasil, desde março passado há a possibilidade de vinda de ucranianos por meio do visto humanitário.

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