Mensagens em português, inglês, espanhol, árabe, bengali, francês e até em libras se somam ao pedido de “Fique em Casa”. Dessa forma, imigrantes e refugiados de diversas nacionalidades que vivem no Brasil deixam seu recado e se somam às diversas campanhas de conscientização existentes sobre a pandemia de coronavírus.
A campanha, em vídeo, está disponível nas redes sociais e é apresentada pelo sírio Abdulbaset Jarour, diretor de projetos da ONG África do Coração, composta basicamente por imigrantes e refugiados. A instituição é a promotora da Copa dos Refugiados, que também teve seu calendário de 2020 afetado pela pandemia.
“Os irmãos são de várias nacionalidades, que vieram para o Brasil por vários motivos. E neste exato momento nós estamos vendo também como nossos próprios países também estão sofrendo com essa pandemia de coronavírus. É por esse momento delicado que nós achamos que nosso recado é importante”, diz Jarour.
Em seguida, em diversos idiomas, imigrantes e refugiados de diferentes origens reforçam o pedido de “Fique em Casa”, que visa evitar a propagação do vírus —e por consequência, danos ainda maiores às economias e às sociedades em todo o mundo.
“Não gostaríamos de ficar em casa, pois para comprar pão temos que trabalhar como qualquer outro ser humano. Não estamos felizes com a situação de quarentena, mas devemos respeitar e cuidar de nós e dos outros”, diz outra mensagem, em português, que encerra o vídeo.
A campanha lembra ainda que os próprios imigrantes estão entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia. Com muitos deles trabalhando na informalidade ou como MEI (Microempreendedor Individual), eles tiveram suas atividades econômicas reduzidas ou mesmo suspensas.
Em reportagens anteriores, o MigraMundo destacou ações diversas que visam atenuar os efeitos econômicos da pandemia sobre os imigrantes, do setor têxtil à gastronomia.
Dados divulgados no domingo (29) pelo Ministério da Saúde apontam a existência de 4.256 casos oficiais de coronavírus no Brasil, com 136 vítimas fatais.
Em nível global, já são cerca de 700 mil infectados e 34 mil pessoas já morreram em decorrência da pandemia.
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