Por Rodrigo Borges Delfim e Maria Eduarda Matarazzo
A Prefeitura de São Paulo abriu inscrições para atualização do Mapeamento Colaborativo de organizações e iniciativas em atividade na capital paulista que lidam com migrantes. O prazo vai até 15 de março.
As inscrições podem ser feitas no portal do Mapeamento Colaborativo, em cinco idiomas: português brasileiro, espanhol, inglês, francês e criolo haitiano. No formulário é possível enquadrar as iniciativas nas seguintes categorias:
- Serviços de Alimentação;
- Feiras culturais;
- Grupos ligados à temática migratória;
- Canais de comunicação;
- Curso de Português.
Demais questões podem ser esclarecidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone: +55 (11) 2833-4279.
O que é o Mapeamento Colaborativo?
O Mapeamento Colaborativo visa promover e divulgar informações sobre coletivos, associações e organizações da sociedade civil envolvidos com migrações em São Paulo. Além disso, é uma ferramenta para facilitar o acesso aos direitos da população imigrante e destacar iniciativas e organizações que atuam na cidade.
Esse levantamento tem sido feito pela gestão municipal desde 2015. A partir de outubro passado, ele passou a ser disponibilizado em um portal específico, com o objetivo de dar maior visibilidade às iniciativas.
De acordo com a versão atual do levantamento, são 73 iniciativas cadastradas.
“O objetivo não é apenas reunir informações sobre a rede de migração de São Paulo, mas construir este banco de dados com a participação ativa dos agentes que impulsionam as iniciativas. Isso servirá não apenas aos interessados no tema migratório, mas também à própria comunidade migrante”, explica Bryan Rodas, o coordenador de Políticas para Imigrantes da Prefeitura.
A atualização anual do mapeamento está prevista na Política Municipal para a População Imigrante da Cidade de São Paulo, instituída pela Lei Municipal 16.478/2016. A iniciativa também está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a Prefeitura, a partir de dados fornecidos pela Polícia Federal, 361.201 migrantes viviam na capital paulista em 2019. Já outro levantamento feito pelo MigraCidades, uma plataforma de diagnósticos sobre migração com o apoio da OIM, de 2021, apontou 376.156 migrantes na cidade. Nele, bolivianos (27%), chineses (7%) e haitianos (6%) figuraram como as maiores comunidades.