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terça-feira, outubro 29, 2024

Filas para tirar visto americano diminuem em até 73% nas principais capitais brasileiras

Tempo de espera para emissão de visto caiu em mais da metade, e embaixada espera processar mais de 1,2 milhão de vistos até final do ano

Os prazos para a realização de entrevistas para primeira emissão do visto americano de turismo e negócio, na modalidade B1/B2, ficaram mais curtos. Nos cinco postos consulares – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Brasília -, foram registradas quedas consideráveis no tempo de espera. A maior delas ocorreu no Rio de Janeiro, com redução de 73%, em que se aguarda 126 dias.

A segunda redução mais significativa foi em São Paulo. Com taxas próximas a 60%, a média de espera para quem inicia o processo em julho é de 251 dias. Em junho, o intervalo chegou a 615 dias, quase 20 meses.

Nas outras capitais, a solicitação de emissão de vistos também ficou mais rápida e eficiente. Novos pedidos têm previsão de 154 dias em Brasília, 273 dias em Porto Alegre e 296 dias em Recife.

Pessoas que solicitaram o visto no período anterior aos novos prazos, especialmente no início do ano, podem requisitar o reagendamento, a fim de acelerar a expedição. No entanto, a medida dependerá das políticas de adequações de cada posto consulado.

O processo de obtenção do visto americano também ficou mais caro. Houve um reajuste da taxa a partir do dia 17 de junho, que passou de US$ 160 para US$ 185.

Mudanças na estrutura

Em nota divulgada pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil, foi informado que  o encolhimento dos prazos resulta dos esforços na ampliação do corpo de funcionários responsáveis por atuar em todas as instâncias e representações consulares. A ampliação acompanha a procura cada vez mais crescente pelos vistos americanos.

Na tentativa de atender a alta demanda, foram disponibilizados 200 mil novos agendamentos. Tal número justifica a projeção feita pela instituição de processar 1,2 milhão de vistos neste ano, com média de seis mil processos concluídos diariamente. 

De acordo com levantamento realizado pela AG Immigration, um escritório sediado em Washington e especializado em advocacia migratória, o tempo de espera em junho chegou a colocar o Brasil na sétima posição global entre os países que registram o maior tempo de espera para se obter o visto americano.

A redução do tempo de espera também vinha sendo cobrada pelo setor de turismo nos Estados Unidos. No início do ano, a US Travel Association, que representa mais de mil organizações e empresas da indústria de viagens no país norte-americano, lançou o portal USVisaDelays para reunir histórias de viajantes estrangeiros e empresários dos EUA sobre o custo pessoal dos tempos de espera. 

Visto americano

Há mais de uma dezena de modalidades de vistos para os EUA. A B1/B2, amplamente beneficiada pela otimização da embaixada dos Estados Unidos, é voltada para viajantes com objetivos de negócios, turismo ou tratamento médico. Sua validade é de 10 anos, com permanência por até seis meses (180 dias) em cada viagem. Apesar da descrição, esse tipo de visto não permite o exercício da profissão no país, apenas negociações e participação em reuniões.

Quem deseja abrir um negócio ou trabalhar efetivamente nos EUA pode optar pelo E2, EB5 e H1B ou O1, por exemplo. Mas é preciso ter atenção, porque a definição deve ser avaliada cautelosamente para que o pedido do visto seja feito de maneira adequada para a necessidade individual.

Estudantes, por sua vez, além de terem vistos específicos, ganharam prioridade na embaixada, de acordo com informações da assessoria de imprensa do órgão. Outra vantagem divulgada foi que os demais vistos que venceram em até 48 meses terão o processo de renovação acelerado, com a dispensa de entrevista.

Apesar do encurtamento da espera, tem-se um tempo hábil para resolução de compromissos que torna a experiência em terras norte-americanas mais descomplicada, como a criação de uma conta internacional para turismo, compra das passagens, garantia da hospedagem, conversão do dinheiro para o dólar americano, treinamento do idioma local e demais ajustes no itinerário.

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