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segunda-feira, novembro 25, 2024

Em oito anos, Abraço Cultural já gerou R$ 5,3 milhões em renda para migrantes

Projeto fundado em julho de 2015, a Abraço Cultural superou a fase aguda da pandemia de Covid-19 e já impactou mais de 11 mil alunos

Aprender idiomas como inglês e espanhol, tendo pessoas migrantes e refugiadas como professores, que aliam exercícios de conversação e gramática com a experiência pessoal de cada um. Com esse formato, a Abraço Cultural iniciou suas atividades em julho de 2015, com o objetivo de gerar renda para os migrantes e promover uma nova relação destes com a sociedade.

A iniciativa deu certo e ganhou corpo ao longo do tempo, inclusive resistindo à pandemia de Covid-19. Em oito anos de trajetória, segundo dados da organização do projeto, a Abraço Cultural gerou um total de R$ 5,3 milhões em renda para os professores que integram ou já integraram a iniciativa. 

Ao todo são 56 pessoas na equipe, de 18 países diferentes. Além do Brasil, há representantes de Benin, Camarões, Colômbia, Cuba, Egito, Haiti, Honduras, Líbano, Marrocos, Nigéria, Palestina, Quênia, República Democrática do Congo, Síria, Togo, Uganda e Venezuela.

Em relação ao público atingido pela iniciativa, a Abraço Cultural impactou mais de 11.300 estudantes ao longo desse período, além de ter realizado cerca de 500 horas de formações pedagógicas a partir de suas duas unidades – São Paulo e Rio de Janeiro.

“Há oito anos, formamos e geramos renda para pessoas refugiadas e migrantes em vulnerabilidade social e proporcionamos trocas interculturais com a população local que incentivam a quebra de estereótipos e preconceitos”, disse Roberta de Sousa, diretora de comunicação e cultura da organização, sobre os dados e insights levantados ao longo desse teopo. 

Próximos passos

Atualmente as ações e serviços da Abraço Cultural incluem formações iniciais e continuadas de professores, cursos de idiomas, experiências de aprendizagem, organização de eventos interculturais e produção de conteúdo sobre idiomas, culturas, educação e refúgio.

No entanto, a organização tem planos de expandir tais frentes de atuação, indo além dos cursos de idiomas e formação de professores. 

Dentre as principais iniciativas da Abraço Cultural destacam-se:

  • o projeto Abraço na Escola, que promove oficinas de sensibilização ao refúgio e culturais em ambientes escolares;
  • o projeto Mulheres Bilíngues, uma parceria com a Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que capacita mulheres imigrantes para dar aulas de idiomas para mulheres em vulnerabilidade social.

Novas turmas

No segundo semestre de 2023, a Abraço Cultural dará início a mais uma edição de seus cursos extensivos de idiomas, com turmas de árabe, espanhol, francês e inglês. As aulas serão realizadas ao longo do segundo semestre, de agosto a dezembro, e podem ser feitas tanto de forma presencial nas unidades localizadas na Tijuca (Rio de Janeiro) e Pinheiros (São Paulo), como online ao vivo.

A Abraço Cultural convida novos estudantes a aproveitarem uma promoção especial, com desconto de R$175 para inscrições realizadas até 24 de julho. Os cursos são estruturados para proporcionar uma abordagem comunicativa, com ênfase no uso prático da língua, e incluem uma perspectiva cultural intercultural e decolonial.

As inscrições estão abertas até 30 de agosto de 2023, e os interessados podem se inscrever pelo site da Abraço Cultural. Os cursos são ideais para aprender um idioma em um ritmo que se encaixa dentro da rotina semanal. Neles, o aluno completa um módulo da língua (de 45 horas de aula) ao longo de aproximadamente quatro meses, com três horas de aula por semana em um ou dois dias, dependendo da turma.

Ao todo, a Abraço Cultural já impactou mais de 11 mil estudantes. Foto: Divulgação

Resposta à pandemia

Assim como outras associações que lidam com a temática migratória, a Abraço Cultural e suas parcerias também sentiram os efeitos da pandemia de Covid-19, que teve sua fase aguda sobretudo entre 2020 e 2021, perdendo força apenas com o avanço da vacinação.

Em resposta à pandemia, a Abraço Cultural criou meios para que a renda dos migrantes (incluindo refugiados) no Brasil fosse o menos impactada possível pela situação de distanciamento social. Um deles foi a campanha Abrace Daí, em parceria com a ONG Atados, que consistia em uma plataforma digital que acolhia e divulgava o trabalho dessa população – entre venda de produtos gastronômicos, artesanato e afins.

Além disso, a instituição lançou o projeto Abraçando Histórias, como maneira de celebrar as conquistas ao longo do tempo e para se manter próximo dos alunos e professores, mesmo com o distanciamento social. Ao longo de 12 semanas, 11 histórias diferentes dos professores e das professoras da Abraço SP foram compartilhadas por meio de vídeos e depoimentos completos de cada protagonista dessas narrativas.

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