Os bolivianos que vivem na capital paulista já podem comemorar mais uma conquista: a Prefeitura de São Paulo assinou nesta terça-feira a portaria que regulariza a feira cultural e gastronômica da rua Coimbra, próxima à estação Bresser-Mooca do metrô e tradicional ponto de referência da comunidade.
Segundo dados da Polícia Federal informados pela própria Prefeitura, 90 mil bolivianos vivem em São Paulo com situação regularizada, tornando-a a segunda comunidade imigrante mais numerosa da cidade. Estimativas internas do poder público municipal. no entanto, apontam que essa colônia pode ser ainda maior, em torno de 300 mil pessoas.
Com a regularização, a rua passará a ser fechada aos sábados e domingos, receberá investimentos para reforma e infraestrutura e deve ser completamente revitalizada. Um projeto de tematização do local, deixando-o com ainda mais jeito de “pedacinho da Bolívia” em São Paulo, também está previsto.
“Quero ver a feira da rua Coimbra ser reconhecida daqui a alguns anos como um local de turismo, como hoje é o bairro da Liberdade”, disse Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo (SMDHC).
“A regularização da feira da rua Coimbra é uma conquista da perseverança da comunidade boliviana e um primeiro passo para fazer da rua um ponto oficial destes imigrantes em São Paulo”, afirmou Paulo Illes, coordenador de Políticas para Migrantes da SMDHC.
Neste ano, os bolivianos também puderam comemorar a inclusão da tradicional festa Alasitas no calendário oficial de eventos da capital paulista. Outro grande evento da comunidade, a festa de independência da Bolívia, também foi celebrada em São Paulo e contou com apoio da gestão municipal.
Nova organização
A regularização da feira da rua Coimbra era uma reivindicação antiga dos bolivianos em São Paulo. Com essa meta alcançada, será possível organizar melhor o espaço e combater problemas como a deficiência de sinalização, o total de barracas no local e a definição de horários de funcionamento.
Para Luis Vasquez, presidente da Associação de Empreendedores Bolivianos da rua Coimbra (Assempbol), além destes pontos, a regularização pode ajudar a combater problemas de violência que a região enfrenta – em especial decorrentes do consumo excessivo de álcool por parte de frequentadores de certos estabelecimentos da rua, que não fazem parte da feira.
“Nosso primeiro desafio será de organizar a feira ao padrão brasileiro. Mas também precisaremos de apoio do poder público para diminuir esses casos de violência”, afirma Vasquez.
Ainda segundo o presidente da Assempbol, a feira ficará será apenas na rua, deixando as calçadas livres para a circulação. As barracas serão padronizadas, organizadas por setores e só poderão vender produtos que tenham a ver com a cultura boliviana. “Não haverá mais móveis velhos, roupa velha, CDs piratas, instrumentos, etc”, explica.
A imagem abaixo, divulgada por Vasquez, mostra como deverá ficar organizada a feira.
Com informações do portal Spresso SP e da Prefeitura de São Paulo
[…] caso, falando mais especificamente do Brasil, vale sempre lembrar da Marcha dos Imigrantes; a regularização da feira da rua Coimbra; da luta pelo direito ao voto do imigrante; a inclusão destes nos Conselhos Participativos da […]
[…] Sottili falou ainda de outras ações fortalecidas nos últimos dois anos e que visam promover a integração e o bem-estar dos imigrantes, como a ampliação dos cursos de português (em uma parceria da prefeitura com o Senac), a capacitação de 750 profissionais da saúde para atendimento exclusivo a essas pessoas, a bancarização do estrangeiro – dando-lhe mais segurança – e a regularização de diversas feiras culturais na cidade, como a da rua Coimbra. […]
[…] Sottili falou ainda de outras ações fortalecidas nos últimos dois anos e que visam promover a integração e o bem-estar dos imigrantes, como a ampliação dos cursos de português (em uma parceria da prefeitura com o Senac), a capacitação de 750 profissionais da saúde para atendimento exclusivo a essas pessoas, a bancarização do estrangeiro – dando-lhe mais segurança – e a regularização de diversas feiras culturais na cidade, como a da rua Coimbra. […]
que horas que funciona??