Por Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs
Não se detém a maré de imigrantes
que do Oriente Médio e do continente africano
procuram desembarcar na Europa,
numa travessia sempre mais procurada e arriscada.
Na verdade, quem será capaz de deter
um povo tangido pela pobreza, a fome e a violência?
Não há lei, muro, fronteira ou obstáculo
que possa impedir o jovem de buscar
um futuro melhor para si e para a família!
Está em jogo não apenas a mera sobrevivência,
mas a vida “e vida em plenitude”!
Por isso, continua a esperança, a luta e o sonho:
somente na última semana de maio/2016
mais de 14 mil pessoas chegaram ao sul da Itália.
Muitas foram salvas pela Guarda Costeira:
fogem às centenas do Iraque, da Síria, do Afeganistão,
da Eritreia, da Somália, do Egito, da Líbia…
Para tentar a sorte no velho continente.
No mesmo período, entretanto,
cerca de 700 vítimas foram tragadas
pelas águas bravias e indiferentes do oceano,
incluindo boa parte de mulheres e crianças
e sem contar as centenas de pessoas anônimas
que figuram como “desaparecidos”.
Mediterrâneo, encruzilhada de sonhos e pesadelos,
Transformado em verdadeiro “cemitério de imigrantes”.
Roma, 30 de maio de 2016