A próxima sexta-feira (20), quando é lembrado o Dia Mundial do Refugiado, terá um significado especial para cerca de 400 pessoas em situação de refúgio no Brasil que farão uma prova de proficiência em língua portuguesa. Reconhecido pelo Ministério da Educação, o certificado é um documento essencial para migrantes que desejam solicitar a cidadania brasileira, sendo uma exigência legal para comprovar a proficiência no idioma.
A ação se dá a partir de uma parceria entre a Associação Educação Sem Fronteiras (ESF) e o Instituto YDUQS, com apoio das marcas Estácio, Wyden, IBMEC e IDOMED. A prova será aplicada a refugiados assistidos pela Educação Sem Fronteiras em diferentes cidades brasileiras, distribuídas por seis Estados.
Estado | Cidade |
Amazonas | Manaus |
Minas Gerais | Belo Horizonte |
Paraná | Curitiba |
Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
Santa Catarina | Florianópolis e Jaraguá do Sul |
São Paulo | Campinas |
A escolha do Dia do Refugiado como data para realização da prova não foi por acaso. De acordo com os organizadores, ela reforça o compromisso das instituições envolvidas com a inclusão, a justiça social e o reconhecimento dos direitos das pessoas migrantes no Brasil.
Além da avaliação linguística
Para Adriano Abdo, fundador e diretor-geral da Educação Sem Fronteiras, a realização da prova é um marco histórico na jornada de integração de refugiados e imigrantes no Brasil.
“Esta iniciativa vai além da avaliação linguística: ela simboliza acolhimento, respeito à diversidade e reconhecimento do papel transformador da educação. O certificado de proficiência se torna um verdadeiro passaporte para a cidadania, para o mercado de trabalho e para a participação ativa na vida nacional”.
Claudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs, destaca que a educação tem o poder de transformar realidades – e essa mobilização mostra isso na prática. “Ver nossos alunos, professores e colaboradores envolvidos em uma causa que promove informação, saúde e dignidade é algo que nos move. No Instituto Yduqs, nosso papel é justamente esse: impulsionar ações de impacto social que ajudem a construir uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para todos”.
Para muitos participantes, a certificação representa um marco na trajetória de reconstrução de vidas no Brasil. É o caso de Y. S., 30 anos, venezuelana que trabalha como pizzaiola e reside no Rio de Janeiro (o nome completo foi omitido para proteção de sua identidade).
“Obter a cidadania brasileira significa muito para mim. Representa o reconhecimento de que este país, que me acolheu com tanto carinho, agora é oficialmente minha casa. É um sonho realizado, um passo importante que me dá segurança, estabilidade e o sentimento de pertencimento.”
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