Embora muitos ainda não o reconheçam como tal, migrar é um direito humano, exercido pelo homem desde os seus primórdios. Mas e quando esse ato de migrar se torna uma questão de vida ou morte? Assim acontece com os refugiados.
Sim, é verdade que os refugiados também são migrantes. Mas ao contrário do migrante, que opta por tentar uma vida melhor em outro lugar, ninguém escolhe ser refugiado. Uma projeção do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) aponta que, a cada minuto, oito pessoas são obrigadas a abandonar tudo o que possuem por conta de perseguições diversas (política, religiosa, étnica, entre outras) ou conflitos armados.
Não custa reforçar: refugiado não é fugitivo, como alguns medalhões da grande imprensa – desinformados, no mínimo – já disseram por aí. A fuga deles não é por conta de nenhum delito. Pelo contrário, eles fogem de criminosos que violam seus direitos como ser humano, vítimas de um castigo sem crime.
Atualmente o que não faltam são eventos geradores de refugiados – Síria, Iraque, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Sudão, Afeganistão, apenas para citar os mais recentes ou conhecidos. Ainda de acordo com a Acnur, são 51 milhões de pessoas em situação de refúgio, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial – e que infelizmente tende a continuar crescendo.
E mesmo quando alguém se torna um refugiado, também não o deseja ser pela vida toda. Mas embora o refúgio seja teoricamente de caráter temporário, existam muitos indivíduos que mal possuem perspectivas a curto, médio ou até mesmo longo prazo de retornar ao país natal, dependendo do contexto de cada local e do que motivou a solicitação de refúgio.
Ou seja, não é à toa que os refugiados são lembrados em uma data específica. Desde 2000, a ONU, por meio da Acnur, escolheu o 20 de junho para lembrar o Dia Internacional do Refugiado e promove iniciativas na data que têm como objetivo conscientizar a opinião pública internacional sobre essa triste realidade. Para este ano, é destacada a força e a superação superação de milhões de pessoas ao redor do mundo forçadas a fugir de suas casas devido à guerra ou ao abuso aos direitos humanos – o slogan é 1 família separada pela guerra já é demais.
Mais detalhes sobre a campanha deste ano da ONU podem ser vistas neste link.
Esses dados, embora resumidamente, são uma mostra do grau de complexidade social, cultural e psicológica que incide sobre os indivíduos em situação de refúgio. E apesar de o Brasil não estar próximo de nenhum dos grandes focos geradores de refugiados no mundo, a quantidade de pessoas nessa condição no país aumenta a cada ano. Ou seja, estar sensível a esse tema – e por consequência, mais apto a fazer sua parte em prol dessa população – é o mínimo que cada um de nós pode fazer.
Não custa reforçar: refugiados são migrantes, mas não por escolha própria. Eles são migrantes por uma questão simples – porém dramática – de sobrevivência…
Post número 200 do blog MigraMundo
[…] campanha não foi escolhida ao acaso. Foi justamente em 20 de junho deste ano, quando é lembrado o Dia Internacional do Refugiado. O próprio termo “refugiado”, aliás, é associado por certos […]
[…] não foi escolhida ao acaso. Foi justamente em 20 de junho deste ano, quando é lembrado o Dia Internacional do Refugiado. O próprio termo “refugiado”, aliás, é associado por certos “especialistas” de plantão […]