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sábado, julho 12, 2025

“Noite azul”: Oito cidades brasileiras homenageiam Dia do Refugiado com iluminação especial

Ação faz parte de uma campanha promovida pelo ACNUR que inclui também cidades em diferentes países do continente americano

Ao longo do mês de junho, oito cidades brasileiras terão monumentos e edificações de referência iluminadas de azul durante à noite em ações de homenagem a pessoas em situação de refúgio. A campanha, batizada de “Noite Azul”, é promovida pelo ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, em diferentes países do continente americano.

Desde o dia 16, Brasília e Cuiabá iluminam edifícios de referência como o Palácio do Buriti (sede do governo do Distrito Federal) e o Arquivo Público Central, na capital mato-grossense. A maior parte das projeções ocorre neste feriado prolongado, enquanto outras ações se estenderão até o próximo dia 30 de junho.

Em 2022, a capital federal foi palco de uma ação semelhante pela primeira vez. Na época, a projeção atendeu a um pedido do mandato da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), integrante das comissões de Relações Exteriores e de Direitos Humanos do Senado, em parceria com o escritório brasileiro do ACNUR.

Veja abaixo a relação de cidades e locais que receberão a iluminação especial neste ano, em homenagem às pessoas em situação de refúgio.

Brasília
Congresso Nacional (18 e 19 de junho);
Torre de TV (20 de junho);
Palácio do Buriti (de 16 a 22 de junho);
Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do DF (de 16 a 22 de junho);
Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Cuiabá
Arquivo Público Central, Guarita da Sede da Seplag, Guarita da Unidade do Ganha Tempo CPA (todos de 16 a 30 de junho)

Florianópolis
Ponte Hercílio Luz (21 de junho)

Manaus
Ponte Jornalista Phelippe Daou, mais conhecida como Ponte Rio Negro (21 de junho)

Porto Alegre
Prédio da administração pública do estado (CAFF – Centro Administrativo Fernando Ferrari) (20/06)

Pacaraima
Marco do Alojamento de Trânsito BV8 em Pacaraima (toda a semana)

Rio de Janeiro
Cristo Redentor (20 de junho das 21h às 22h)

São Paulo
Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura Municipal de São Paulo (19 a 22/06)

Em nota, o ACNUR assinalou: “O Brasil, enquanto um país de vanguarda na legislação, acolhida e integração de pessoas com necessidades de proteção internacional, reforça esta solidariedade valorizando o que a população refugiada tem feito para o desenvolvimento local. Este legado tem favorecido não só as próprias comunidades de refugiados, mas também a sociedade brasileira”.

Além do Brasil, a “Noite Azul” do ACNUR inclui projeções de azul em monumentos e edifícios de referência em cidades do Canadá, Colômbia, El Salvador, Equador, Honduras e México.

Monumento em Tegucigalpa (Honduras) iluminado de azul em homenagem ao Dia do Refugiado. (Foto: Lucía Martinez/ACNUR)

Dados sobre refúgio no Brasil e no mundo

De acordo com o Ministério da Justiça, um total de 68.159 pessoas apresentaram pedidos de refúgio no Brasil em 2024, um crescimento de 16,3% em relação ao ano anterior. Os dados foram compilados pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), organismo que desde 2013 possui uma parceria com o governo federal para refinar e apresentar as informações relativas às migrações no Brasil.

Ainda segundo os dados apresentados na última semana, disponíveis no relatório “Refúgio em Números”, a nacionalidade com o maior número de solicitantes de refúgio no Brasil foi a venezuelana, com 27.150 pedidos, seguida por cubanos (22.288) e angolanos (3.421). O Brasil recebeu solicitações de refúgio de pessoas oriundas de 130 países.

No contexto global, segundo o ACNUR, o total de pessoas em situação de deslocamento forçado no mundo, incluindo refugiados e deslocados internos, chegou a 122 milhões de pessoas no final de abril. Em relação ao ano anterior, houve um acréscimo de 2 milhões de indivíduos, mantendo a tendência de alta verificada nas edições anteriores do levantamento. Os dados constam da edição mais recente do relatório Tendências Globais (ou Global Trends, no original em inglês), divulgado internacionalmente neste mês pela agência da ONU.


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