Foi a primeira edição desde que a festa passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos de São Paulo
Por Rodrigo Borges Delfim
Em São Paulo (SP)
Pela sétima vez, peruanos que vivem em São Paulo puderam matar um pouco a saudade da terra natal por meio da Yunza, festa que também é conhecida como “Carnaval peruano” ou mesmo “Carnaval andino”.
O evento deste ano ocorreu na Praça Cívica Ulisses Guimarães, no centro da capital paulista, ao lado do Museu Catavento. A organização ficou por conta da ALAC (Associação Latino-Americana de Arte e Cultura) e do Consulado-Geral do Peru em São Paulo, com apoio da Prefeitura e da Câmara Municipal de São Paulo.
Em meio ao público era possível notar grande presença de famílias, tanto peruanas como brasileiras, dando um toque de confraternização ao evento. Para quem aproveitou o domingo de sol, a festa ofereceu atrações gastronômicas e culturais do país andino, como artesanato, apresentações musicais e folclóricas. Crianças também contaram com espaços dedicados a elas.
A festa neste ano teve ainda um caráter especial, já que foi a primeira desde que a Yunza passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos de São Paulo. A inclusão veio com o Projeto de Lei 1 16.661/2017, de autoria do vereador Antonio Donato (PT), que institui ainda o último domingo de março de cada ano para realização do evento.
Além dela, outra festa migrante já incluída nessa lista é a Alasitas, uma das principais da comunidade boliviana.
Veja abaixo fotos da Yunza 2018 em São Paulo:
Significado
Yunza (pronuncia-se junsa) significa “corta-monte” em quéchua, um dos idiomas oficias do Peru, e consiste na derrubada de uma árvore para colher os seus frutos, em uma apologia a “pacha-mama” (“mãe terra”, “universo”). Nela, o “padrinho” da festa é responsável por escolher uma árvore seca para enchê-la de enfeites e presentes – o objetivo é mostrar que ela ainda pode gerar frutos e alegrias, mesmo no final da vida.
No final da festa, o público faz uma roda em volta da árvore e cada um dá um golpe de machado para tentar derrubá-la. Quem der o golpe final é eleito o padrinho da festa do próximo ano.