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quarta-feira, dezembro 4, 2024

Marcha dos Imigrantes: 15ª Edição pede fim de retrocessos e reafirma compromisso com justiça e igualdade

Lema deste ano é: “Migrar Não é Crime, é um Direito Humano. Igualdade nas Políticas Públicas Já!”, e ganhou o acréscimo da expressão "Não ao Retrocesso", à luz de medidas recentes do governo federal sobre migração

Evento já tradicional das comunidades migrantes em São Paulo, a 15ª edição da Marcha dos Imigrantes já tem data marcada: será no dia 1º de dezembro, na Avenida Paulista, um dos locais icônicos da cidade, com concentração em frente ao vão livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo), às 12h.

O objetivo do ato é dar visibilidade às demandas das comunidades migrantes em São Paulo e no Brasil como um todo, além de ser uma manifestação expressiva de suas lutas. O lema deste ano é: “Migrar Não é Crime, é um Direito Humano. Igualdade nas Políticas Públicas Já!”. Com isso, a proposta é reforçar o direito universal à migração e destacar a urgência de uma mudança nas políticas públicas, de forma a garantir a proteção, diversidade e dignidade dos imigrantes.

Diante das recentes medidas tomadas pelo governo brasileiro que restringiram as solicitações de refúgio a partir do aeroporto de Guarulhos, a divulgação da Marcha passou ainda a incluir a expressão “Não ao Retrocesso”.

Uma divulgação especial da Marcha dos Imigrantes foi feita durante a segunda edição da Comigrar (Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia), que ocorreu no último final de semana em Brasília.

Como é feita a Marcha dos Imigrantes

A organização da Marcha dos Imigrantes é feita em conjunto com outras entidades ligadas à sociedade civil e imigrantes – seja independentes, seja ligados a algum coletivo. Ao longo do segundo semestre ocorreram reuniões preparatórias na sede do CAMI (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), na região central de São Paulo. A entidade, inclusive, é a principal promotora do ato.

Segundo estimativa dos organizadores, cerca de 1.000 pessoas participaram da edição anterior, que teve duração de pouco mais de 2 horas.

A Marcha se configura como um espaço seguro onde os participantes podem reafirmar sua identidade e combater estigmas. Com a presença de coletivos, associações, ativistas e cidadãos brasileiros, o evento busca promover uma união pela defesa de direitos humanos fundamentais, frequentemente negados a essa população.

Além disso, a Marcha é também uma celebração da diversidade cultural, trazendo à tona as diferentes nacionalidades e culturas que são essenciais para a formação do Brasil atual.

Veja os lemas das edições anteriores da Marcha dos Imigrantes

2007 – “Integração, cidadania universal e direitos humanos”
2008 – “Nossas vozes, nossos direitos por um mundo sem muros, @s imigrantes pedem: ANISTIA JÁ”
2009 – “Por acesso a todos os direitos” 
2010 – “Por um MERCOSUL livre de xenofobia, racismo e toda forma de discriminação”
2011 – “Trabalho decente e Cidadania Universal”
2012 – “Nenhum direito a menos para @s imigrantes”
2013 – “Nova lei de imigração justa e humana para o fim da discriminação”
2014 – “Basta de violência contra @s imigrantes”
2015 – “Fronteiras livres, não a discriminação”
2016 – “Dignidade para os imigrantes no mundo: nenhum direito a menos”
2017 – “Pelo fim da invisibilidade dos imigrantes”
2018 – “Por direitos iguais Não me julgue antes de me conhecer”
2019 – “Para igualdade e dignidade não existem fronteiras: Livres com direitos em qualquer lugar do mundo”
2023 – “Sem direito ao voto e trabalho decente, não há cidadania plena”

Desde 2014, todas as edições da Marcha dos Imigrantes foram acompanhadas in loco pelo MigraMundo. O mesmo acontecerá neste ano.


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